11 de Fevereiro - Dia Mundial do Doente
MAIS EMPATIA E MENOS TEOLOGIA
JUNTO AOS ENFERMOS
A palavra empatia, segundo a
definição do dicionário é uma palavra que vem do grego empátheia, ou tendência
para sentir o que você sentiria se estivesse na situação da outra pessoa e sob
as circunstâncias experimentadas por ela.
Quando visitamos doentes, no
primeiro encontro, sempre tomamos muito cuidado com o que vamos falar e com
nosso modo de agir. Para que o um diálogo seja de ajuda, é preciso que antes de
tudo transmita compreensão. Ou seja, mais do que explicações teóricas, o
agente deve tentar comunicar ao doente o que é capaz de compreender do seu
mundo interior. Compreender o outro não apenas racionalmente, mas com o
coração.
Jesus dá mostras de saber
colocar-se no lugar do outro para compreender o que está sentindo. Ao mesmo
tempo, sabe exprimir o que percebe como experiência ou sentimento do seu
interlocutor.
No relacionamento com o doente e
no diálogo empático podemos estabelecer, ao menos no início da visita, como
prioridade as seguintes regras: falar sobre o que o doente quiser; deixá-lo expor
suas convicções mesmo que sejam bem diferentes das nossas; acolher sua
história, que embora triste e marcada por desencontros, dores e sofrimentos, é
sempre algo sagrado.
Portanto, ao nos defrontarmos com
as pessoas que sofrem, seja qual for o tipo de sofrimento, será sempre
importante colocar a serviço do outro nossas técnicas de abordagem, nossa
espiritualidade e nossos conhecimentos teológicos. Porém, antes de tudo, ser
humanos, respeitar e acolher aquele que sofre. Os que sofrem não precisam só de
nossas crenças, doutrinas e filosofias. Com certeza, nos momentos difíceis,
precisam mais da nossa empatia do que da nossa teologia.
Fonte : Folheto Litúrgico Povo de Deus em São Paulo
Pe. Anísio Baldessin é
coordenador da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo