domingo, 10 de fevereiro de 2013

Dia do Enfermo

11 de Fevereiro - Dia Mundial do Doente

MAIS EMPATIA E MENOS TEOLOGIA JUNTO AOS ENFERMOS
A palavra empatia, segundo a definição do dicionário é uma palavra que vem do grego empátheia, ou tendência para sentir o que você sentiria se estivesse na situação da outra pessoa e sob as circunstâncias experimentadas por ela.
Quando visitamos doentes, no primei­ro encontro, sempre tomamos muito cuidado com o que vamos falar e com nosso modo de agir. Para que o um diálogo seja de ajuda, é preciso que antes de tudo transmita compreensão. Ou seja, mais do que explicações teóri­cas, o agente deve tentar comunicar ao doente o que é capaz de compreender do seu mundo interior. Compreender o outro não apenas racionalmente, mas com o coração.
Jesus dá mostras de saber colocar-se no lugar do outro para compreender o que está sentindo. Ao mesmo tempo, sabe exprimir o que percebe como experiên­cia ou sentimento do seu interlocutor.
No relacionamento com o doente e no diálogo empático podemos estabele­cer, ao menos no início da visita, como prioridade as seguintes regras: falar so­bre o que o doente quiser; deixá-lo ex­por suas convicções mesmo que sejam bem diferentes das nossas; acolher sua história, que embora triste e marcada por desencontros, dores e sofrimentos, é sempre algo sagrado.
Portanto, ao nos defrontarmos com as pessoas que sofrem, seja qual for o tipo de sofrimento, será sempre importante colocar a serviço do outro nossas técni­cas de abordagem, nossa espiritualida­de e nossos conhecimentos teológicos. Porém, antes de tudo, ser humanos, respeitar e acolher aquele que sofre. Os que sofrem não precisam só de nossas crenças, doutrinas e filosofias. Com certeza, nos momentos difíceis, preci­sam mais da nossa empatia do que da nossa teologia.

Fonte : Folheto Litúrgico Povo de Deus em São Paulo
Pe. Anísio Baldessin é coordenador da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo

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