A CNBB realizou no dia 08/02/2014
a 10ª romaria da Pastoral da Saúde para o Santuário de Aparecida. Após a Santa
Missa foi realizada a conferência sobre a HUMANIZAÇÃO, E A IGREJA A SERVIÇO DA
VIDA PLENA PARA TODOS, tendo como palestrante o Padre Leo Pessini. Segue abaixo o texto completo da palestra.
Arte e ciência em situação de
urgência!
Pe.
Leo Pessini, Camiliano
1 - Re-encantar-se com a arte de cuidar
Vivemos hoje uma
verdadeira “crise de cuidados” cujos sintomas mais evidentes se manifestam na
absolutização ingênua do tecnicismo sem coração, no descuido, descaso,
indiferença e abandono da vida mais vulnerável que clamam aos céus! Para citar apenas alguns exemplos: encontramo-nos
com crianças famintas perambulando nos cruzamentos de nossas cidades, aumento
do número dos excluídos das benesses do progresso, descaso para com os idosos,
utilitarismo depredatório em relação ao meio ambiente e instituições de saúde
tecnicamente impecáveis, mas frias, sem calor e alma humana!
Felizmente
estamos começando a ter exemplos de sensibilidade e solidariedade competentes
em relação ao cuidado da vida humana vulnerabilizada pela doença e sofrimento
que nos deixam esperançosos ao nos apontar que a essência da vida é o cuidado.
Mas o que entender por cuidado? A expressão terapêutica deriva do grego
therapéuo, que significa ”eu cuido”. Na Grécia antiga, o thérapeuter era aquele
que se colocava junto ao que sofre, que compartilhava da experiência da doença
do doente para poder compreendê-la, e então mobilizar seus conhecimento e sua
arte de cuidar, sem saber se poderia realmente curar. Para compreender a
doença, ele se interessava pela totalidade de vida do doente, inclinando-se
para ouvi-lo e examiná-lo. Essa inclinação (klinos, em grego, termo do qual
deriva a palavra clínica) significava também uma reverência e respeito ante o
sofrimento do outro.
Considerar a pessoa não simplesmente como um corpo, não a reduzindo à
biologia, pura e simplesmente é um grande desafio. Uma visão holística, multi,
inter e transdiciplinar, é imperiosa. O ser humano é um todo uno, um nó de
relações. Ser gente é possuir corpo, é ter um psiquismo e coração é conviver
com os outros, cultivar uma esperança e crescer na perspectiva de fé em valores
humanos.
É zelando,
promovendo e cuidando desta unidade vulnerável pela dor e sofrimento que
estaremos sendo instrumentos propiciadores de vida digna. Quem cuida e se deixa
tocar pelo sofrimento do outro, torna-se um radar de alta sensibilidade, se
humaniza no processo e para além do conhecimento científico, tem a preciosa
chance e o privilégio de crescer em sabedoria. Esta sabedoria nos coloca na
rota da valorização e descoberta de que a vida não é um bem a ser privatizado,
muito menos um problema a ser resolvido nos circuitos digitais e eletrônicos da
informática, mas um “mistério” e dom, a ser vivido prazerosamente e partilhado
solidariamente com os outros,
Cuidar sempre é
possível, mesmo quando a cura não é mais possível. Sim, deparamo-nos com
doentes ditos “incuráveis”, mas que nunca são, e nunca deveriam deixar de ser
“cuidáveis”. Cuidar mais que um ato isolado, é uma atitude constante de
ocupação, preocupação e ternura com o semelhante, que sabe unir competência
técnico-científica, com humanismo e ternura humana.
A ética do
cuidado tem diante de si neste futuro imediato três grandes desafios: 1)
compromisso ético-político-ecológico: promover e defender a vida em todos os
níveis (humana e cósmico-ecológico). 2) Ciência com consciência e ternura:
Competência tecnocientífica aliada à competência ética. Desde o âmbito pessoal
passando pelo comunitário, sócio-político e planetário. 3) Reflexão ética
consistente: educar para resgatar os valores fundamentais que constroem uma
vida humana saudável e feliz.
É urgente que nos re-encantemos com a arte de cuidar. O futuro da
humanidade e da vida no planeta, dependerá de como responderemos a estes
desafios. Faz sentido o texto em epígrafe de Hans Jonas quando ele define
cuidado como uma responsabilidade de todos, e ninguém pode deixar de não fazer
nada, pois estará simplesmente se autodestruindo.
2 - Direitos, humanização e espiritualidade na
área da saúde pública.
Melhorar o atendimento no Sistema Público de
Saúde Brasileiro e diminuir as reclamações em relação desrespeito à dignidade humana frente à
vulnerabilidade do sofrimento e doença, é um grande desafio ainda a ser
enfrentado pelas autoridades sanitárias brasileiras. Em nosso país, o
Ministério da Saúde, aprovou a Portaria n. 1820, de 13 de agosto de 2009, que
“dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde nos termos da
legislação vigente” (Art. 1º.), que passam a constituir a “Carta dos Direitos
dos Usuários da Saúde” (art. 9º), publicada no D.O.U, 14 de agosto de 2009.
Trata-se de uma
verdadeira carta para o exercício da cidadania no âmbito da dos cuidados e
serviços saúde. Espera-se que não fique somente no papel como uma declaração de
boas intenções simplesmente. Com vigilância cidadã pode se transformar num
instrumento fundamental na humanização dos cuidados de saúde.
O artigo 4º e parágrafo único afirmam: “Toda pessoa tem direito ao atendimento
humanizado e acolhedor, realizado por profissionais qualificados, em ambiente
limpo confortável e acessível a todos. Parágrafo único: É direito da pessoa, na
rede de serviços de saúde, ter atendimento humanizado, acolhedor, livre de
qualquer discriminação, restrição ou negação em virtude de idade, raça, cor,
etnia, religião, orientação sexual, identidade de gênero, condições econômicas
ou sociais, estado de saúde, de anomalia, patologia ou de deficiência,
garantindo-lhe: III - nas consultas, nos procedimentos diagnósticos,
preventivos, cirúrgicos, terapêuticos e internações, o seguinte: (...); d) aos
seus valores éticos, culturais e religiosos; (...); g) o bem-estar psíquico e
emocional; X - a escolha do local de morte; (...) XIX – o recebimento de visita
de religiosos de qualquer credo, sem que isso acarrete mudança na rotina de
tratamento e do estabelecimento e ameaça à segurança ou perturbações a si ou
aos outros”.
Interessante o
Art. 5º quando afirma que “Toda pessoa
deve ter seus valores, cultura e direitos respeitados na relação com os
serviços de saúde, garantindo-lhe: (...)
VIII – o recebimento ou recusa à assistência religiosa, psicológica e
social”.
Do exposto da
portaria do Ministério da Saúde sobre os direitos e deveres dos usuários do
sistema de saúde, a questão religiosa é vista de forma positiva, reconhecida
como uma necessidade humana que aponta para cuidados a que o doente tem
direito.
Há um cansaço na
cultura contemporânea em relação à medicina que reduz o ser humano meramente à
sua dimensão biológica orgânica. Vamos dar um basta a atuação de profissionais
“mecânicos e insensíveis”, clama-se por profissionais “humanos e sensíveis”. O
ser humano é muito mais do que sua materialidade biológica. Poderíamos dizer
que esse cansaço provocou uma crise da medicina técnico-científica e que
favoreceu o nascimento de um novo modelo – o do paradigma biopsicossocial. É a
partir dessa virada antropológica que se pode introduzir a dimensão espiritual
do ser humano como uma dimensão fundamental do ser humano, que necessita ser
valorizada, implementada no âmbito de cuidados no âmbito da saúde.
É
importante lembrar que a Associação Médica Mundial, na “Declaração sobre os
Direitos do Paciente” (2005) diz que “O paciente tem o direito de receber ou
recusar conforto espiritual ou moral, incluindo a ajuda de um ministro de sua
religião de escolha”. A dimensão da espiritualidade é fator de bem-estar,
conforto, esperança e saúde, e precisamos urgentemente que nossas instituições
de saúde se organizem no atendimento desta necessidade humana.
3 -
Cuidando da dor e do sofrimento
A dor física
geralmente é a mais fácil de se controlar. Embora os textos médicos descrevem
abordagens farmacológicas e não farmacológicas para controlar a dor, existe
muita dor física que não é aliviada. Peritos estimam que 75% dos pacientes com
dor são tratados inadequadamente, e de 60 a 90% dos que estão na fase terminal
sentem dor de severa à moderada, suficiente para prejudicar as funções físicas,
humor, e interação social. Quase 25% dos pacientes de câncer morrem com dor
severa, e não aliviada.
Na perspectiva do
paciente a dor pode aumentar a partir do medo, isolamento, insônia, ou
depressão. As respostas do pacientes para os tratamentos de dor, também podem
variar. Uma dos grandes problemas que os pacientes tem é encontrar uma
linguagem adequada para expressar sua dor, de maneira que ela pode ser
adequadamente identificada e abordada.
Muitos pacientes relutam em falar da dor, por que sentem que os outros,
profissionais e mesmo familiares, os julgariam como fracos e que só sabem
reclamar. Outro problema em cuidar da dor a partir da perspectiva dos pacientes
é que alguns não cooperam com o programa
terapêutico, talvez para evitar efeitos colaterais do tratamento que impediria
em resolver questões pendentes, ou simplesmente como uma forma para garantir algum controle em face da perda de
controle. Outros ainda negam a dor, para manter o sentimento que eles estão
ainda em controle, apesar de evidências em contrário. Outros ainda, usam de sua
dor para se proteger de mais questões difíceis. Outros, numa perspectiva de fé
abraçam a dor acreditando que tem um valor redentivo que podem oferecer para
Deus.
Os médicos também
falham em aliviar a dor dos pacientes. Alguns ignoram natureza da dor. Outros,
não diagnosticam acuradamente a origem da dor, ou falham em avaliar o paciente
em intervalos regulares para detectar novos processos causadores de dor que
exigem novas terapias. Alguns simplesmente não acreditam na descrição da dor do
paciente. Outros ainda não tentam alternativas para a terapia medicamentosa, tais
como estimulação elétrica dos nervos, blocagem dos nervos, massagem, ou
terapias orientais, tais como a acupuntura.
Os que usam de terapias medicamentosas são demais tímidos em
prescrever narcóticos, por que: a) ignorância básica da magnitude de doses
necessárias para combater aguda; b) medo exagerado de causar uma parada
respiratória; c) ansiedade em relação ao
perigo de adição; d) Um medo irracional de ser processado civil ou
criminalmente, e) uma estimativa exagerada dos efeitos colaterais de alguns
analgésicos, tais como adição potencial. Recentes estatísticas estimam que mais
de 90% da dor pode ser aliviada, e geralmente por meio de drogas. O desafio
para os médicos é identificar acuradamente a necessidade de cuidar da dor e
usar as técnicas para controle.
Na verdade tem muito a ser feito nesta área do
controle e administração da dor. O sofrimento sentido na fase terminal da
doença é muito mais que físico. Ele afeta não somente o conceito de si próprio,
mas também seu senso global de se sentir conectado com os outros e com o
mundo. Este sofrimento
psico-sócio-espiritual, pode ser sentido como uma ameaça para o paciente em
relação ao sentido de vida, perda de controle, enfraquecimento da relação com
os outros, uma vez que o processo do morrer intensifica o isolamento e
interrompe as formas ordinárias de se contatar com os outros. Os pacientes em
estado terminal, frequentemente tem sentimentos de impotência, desesperança e
isolamento.
Um plano adequado
para lidar com este sofrimento e simplesmente o de enfrentar esta realidade a
partir de uma boa relação terapêutica. “Talvez o remédio mais eficaz em termos
de cura é a qualidade do relacionamento mantido entre o paciente e seus
cuidadores, e entre o paciente e sua família. A qualidade curadora da relação
terapêutica pode facilmente ser enfraquecida ou ameaçada quando reações
emocionais (negação, raiva, culpa e medo) sentidas pelos pacientes, famílias ou
cuidadores não são adequadamente abordadas. É claro que está no coração da
relação terapêutica entre paciente e cuidadores o cuidado das necessidades dos
pacientes de relação e sentido, bem como de comunicação honesta e verdadeira”
(CATHOLIC HEALTH ASSOCIATION, 1983, p.38-39).
Em suma, um
cuidado digno dos pacientes que estão na fase final no contexto clínico procura
respeitar a integridade do paciente como pessoa. Portanto um cuidado digno procurar garantir
pelo menos que o paciente: 1) será mantido livre da dor tanto quanto possível,
de forma que ele possa morrer de forma confortável e com
dignidade; 2) receberá continuidade de cuidados e não será abandonado ou
perderá sua identidade pessoal e 3) terá tanto controle quando possível em
relação à decisões relacionadas com seu cuidado e será permitido de recusar
as intervenções que prolongam de forma
inútil e sofrida simplesmente a vida
biológica, 4) será ouvido como pessoa nos seus medos, pensamentos, sentimentos,
valores e esperanças e finalmente 5) terá a opção de morrer aonde ele desejar.
O cuidado efetivo da dor exige
um programa compreensível como é exemplificado na filosofia dos cuidados de
hospice. Os profissionais da saúde tem o dever de oferecer efetivo alívio da
dor e paliação para os sintomas dos pacientes quando necessário, de acordo com
um julgamento médico apropriado e as abordagens mais avançadas disponíveis.
O Alívio da dor e
dos sintomas da doença é uma contribuição poderosa para a qualidade e vida do
paciente. Ele pode também apressar a recuperação e prover outros benefícios. Os
médicos têm a responsabilidade ética e profissional para oferecer um cuidado
efetivo da dor e sintomas. Esta responsabilidade deve ser entendida como
central na arte da medicina e dos cuidados médicos. O cuidado dos sintomas do
paciente não deve ser restrito para o final da vida, nem deve ser um sinal de que
os esforços curativos foram abandonados. Os cuidados paliativos devem ser
compreendidos para incluir o controle dos sintomas em todos os estágios da
doença.
4 – Somos seres resilientes!
O termo
“resiliência” provém do latim, do verbo resilire, que significa “saltar para
trás” ou “voltar ao estado natural”.
Historicamente, este conceito foi utilizado pela física e engenharia. Um
dos pioneiros desta utilização foi o cientista inglês Thomas Young (1807),
buscando a relação entre tensão e compressão de barras metálicas, usou o termo
para dar a noção de flexibilidade, elasticidade e ajuste às tensões.
O nosso
Dicionário Aurélio define o termo resiliência como a “propriedade pela qual a
energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão
causadora da deformação elástica”. O adjetivo resiliente seria o “que apresenta
uma resistência aos choques”. O conceito
resiliência foi além das fronteiras da física e passou a ser utilizado também
nas áreas da educação, sociologia, psicologia, medicina e até na gestão
organizacional.
Para a medicina,
resiliência é conceituada como sendo a capacidade do organismo humano se
recuperar-se de algum acidente ou trauma. Um doente resiliente é aquele que,
tem condições de compreender, superar, administrar e criar um novo sentido de
vida frente a uma dura experiência de sofrimento.
Para a
psicologia, o conceito define um conjunto de processos sociais e intrapsíquicos
que possibilitam às pessoas manifestarem o máximo de inteligência, saúde e
competência em contextos complexos, adversos e sob pressão. Tanto na medicina
quanto na psicologia, os estudos de resiliência focam no desenvolvimento de
recursos saudáveis e inteligentes que a pessoa dispõe, e não em
psicopatologias.
O ser humano
possui recursos inacreditáveis que é preciso descobrir, cuidar e potencializar.
Busca-se uma compreensão do segredo de como determinadas pessoas enfrentam e
superam experiências adversas ou mudanças traumáticas de vida, que pareceria
que seriam simplesmente destruídas. Mas que pelo contrário, saem delas
transformadas e mais fortes que antes!
Somos resilientes
quando somos capazes de ir além da “capacidade de superar”. Temos duas
dimensões: de um lado, a resistência à destruição, a capacidade de proteger
nossa integridade física e pessoal sob fortes pressões; e de outro, a
capacidade de construir, criar uma vida digna não obstante contextos e
circunstâncias adversas (perdas de entes queridos, enfermidades incuráveis,
acidentes, etc.).
As pessoas resilientes são “feridas” pela vida,
sim, (e quem não o è?) e desenvolvem uma profunda sensibilidade em relação a
tudo que as cerca. Transformam-se em “radares de alta sensibilidade”. Além disso possuem recursos interiores
necessários para produzir o “bálsamo” necessário que ameniza as dores e
sofrimentos, mas que também cura e cicatriza as feridas. Essas cicatrizes serão
a prova concreta, o sinal indelével de sua luta incansável e esforço de
superação, de saber que é possível continuar a “viver dignamente” apesar de
tudo! Enfim, de dar a volta por cima e testemunhar com alegria a vitória.
Neste cenário
somos responsáveis para amenizar solidariamente o sofrimento dos outro e de
tornar o mundo um lugar melhor para todos. Não podemos deixar que “o canto e o
encanto pela vida”, dom maravilhoso de Deus, se torne um “desencanto” de morte!
A vida nos foi dada para grandes coisas, mas também como uma responsabilidade
de torná-la sempre mais bela, saudável e feliz! Precisamos ser artífices e
artistas deste projeto!
“Obrigado”. Um dos mais profundos
sentimentos do ser humano, é ser reconhecido e sentir-se valorizado. Quando
agradecemos expressamos gratidão e reconhecimento pelo dom da vida, pelas
pessoas, pelas conquistas, enfim, por tudo o que a vida nos presenteia. Na
experiência da dor da perda ocorre o desencantamento, em que choramos,
reclamamos nos recolhemos e silenciamos...É saudável encararmos a vida e os
desafios que ela nos apresenta numa atitude de gratidão! É pela gratidão que
transformamos nosso pesar em compaixão e nossas experiências de dor e
sofrimento em resiliência e sabedoria de vida para os outros..
“Desculpe”. Necessitamos do perdão, de
perdoar e de sermos perdoados. Somos frágeis e vulneráveis, caímos, erramos, agredimos
e também somos feridos na convivência humana. O drama é quando essa experiência
se transforma em culpa num coração petrificado que não dá lugar ao perdão que
liberta e reata a possibilidades de comunicação e comunhão. Há toda uma jornada
de humildade a ser percorrida para ressignificar relacionamentos quebrados,
sentimentos e dignidade feridos. Em determinadas circunstancias temos que
aprender a perdoar a vida por nos ferir tanto!
“Eu te amo”. Sem amor não existe vida.
Amar é uma expressão profunda de afetividade e ternura humana. É o que faz com
que os nossos olhos turvos de lágrimas, brilhem e que vejamos as cores da vida,
acreditando que mesmo quando experimentamos o sabor amargo de dias nebulosos e
cinzentos, o sol brilha acima de tudo. Sem amor dificilmente se encontra uma
razão para viver, e muito menos um significado para despedir-se da vida. Quando
sofremos pela perda de um ente querido, ninguém pode tirar a nossa dor, e
aprendemos que a saudades é o amor que fica. Amar é também dar permissão para
as pessoas partirem! A vida nos chama a aprender a amar novamente, sem esquecer
que amar alguém é dizer: tu viverás para sempre (G. Marcel)!
“Adeus”. Nesta vida, um dia
chegamos...noutro partimos. Uma das experiências mais difíceis do ser humano é
a partida, do nascimento até o ultimo dia de nossa vida, a vida não deixa de
ser uma série de inúmeras partidas, algumas temporárias, outras permanentes.
Frente ao adeus final de um ente querido surge a necessidade de ajustar-se a
nova realidade em que o outro não estará mais presente, isso ocorre quando
conseguimos substituir a presença física pela doce lembrança que nos deixou.
Nesse sentido, o aparente absurdo do fim pode se tornar uma conclusão feliz de
uma jornada de vida e um novo início.
Pe. Léo Pessini : Atualmente é o Provincial dos Camilianos no Brasil. Professor no
programa de mestrado e doutorado em bioética do Centro Universitário São
Camilo, em São Paulo.
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ResponderExcluirTINING TIPS: black oxide vs titanium drill bits How to Build a TINING TINING - TINING titanium earrings is a simple and simple way to start planning your next meal. Learn womens titanium wedding bands to price of titanium build a snow peak titanium flask